Orgulho de ser Mulher no Agro – Bruna Rossine

No mês das mulheres entrevistamos seis mulheres que representam a força feminina no Agro regional, conheçam nossas entrevistadas:
Entrevista com Bruna Rossine
Idade: 30 anos
Cidade: SANTA MARIA
Como iniciou a sua relação com o Agro?
Meus pais eram agricultores e sempre tive contato com o agro. e por função do destino perdi meu pai a 2 anos, foi onde tive que assumir os negócios da família juntamente com minha mãe. Então o contato é desde sempre, mas assumindo um negócio desse tamanho ainda é recente. estou numa fase de muito aprendizado.
Conte um pouco sobre como é a sua atuação hoje:
Participo de todas as funções, desde administrativa até as práticas. tenho um sócio (meu tio), então a decisão parte sempre de um consenso entre nós (eu, minha mãe e ele). resumindo, minha atuação é a presença direta na planta, análise semanal das lavouras, colheita e nesse intervalo de tempo criamos gado. Além dessas funções, como já comentei antes, entra a parte administrativa, como burocracias, financeiro, planejamento (área, insumos, delegar funções, entre outras). Na parte prática ainda estou em fase de aprendizado, por isso acompanho diariamente os funcionários que me apoiam e incentivam o meu crescimento.
Ao longo dos anos, como você enxerga a participação da mulher no agronegócio?
Eu vejo que cada vez mais a mulher está tomando conta do agro. temos total capacidade de gerenciar um negócio rural, bem como participar das atividades práticas. hoje a tecnologia e os meios de informação vieram para agregar muito. trouxe conforto, facilidade e informação na palma da mão. tenho exemplo em casa. Minha mãe plantava e colhia braçalmente o que a família produzia. Hoje temos, por exemplo, tratores que plantam sem operador. Então, a mulher sempre teve presente, só que infelizmente nunca foi vista e reconhecida pela sociedade.
Como você compreende as oportunidades no agronegócio para as mulheres?
O setor do agronegócio abrange muitas áreas se tornando extremamente amplo. nesse contexto existem muitas oportunidades onde a mulher pode estar inserida. Possuímos segmentos antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira, abrindo um leque enorme de oportunidades. Hoje o conhecimento é tudo. acredito que isso ajudou muito a mulher se inserir neste setor. Depois que a mulher pode estudar, se especializar, tomar suas próprias decisões e escolhas, podendo assim mostrar sua real capacidade.
Você faz parte de alguma associação/cooperativa/projeto que apoie as mulheres no agronegócio?
Não. Participo de eventos somente.
Você se sente segura no manuseio de máquinas agrícolas? Quanto ao seu ambiente de trabalho e fornecedores, você os considera abertos e incentivadores para a qualificação de mulheres?
Ainda não me sinto totalmente segura no manuseio das máquinas por estar nessa função há pouco tempo. acredito que é uma evolução diária. em relação ao ambiente de trabalho é bem mais tranquilo. possuo pessoas experientes que me circundam, isso me ajuda muito. Em relação ao incentivo de modo geral, ainda acho bem tímido, mas sim já existe e isso é muito importante para podermos nos unir e trocar experiências e ações.
Conheça nossas entrevistadas: