8 março 2021

Orgulho de ser Mulher no Agro – Gláucia Paz

No mês das mulheres entrevistamos seis mulheres que representam a força feminina no Agro regional, conheçam nossas entrevistadas:

Entrevista com Gláucia Paz

Idade: 43 anos

Cidade: Cachoeira do Sul

Como iniciou a sua relação com o Agro?

Meu pai hoje é aposentado do IRGA. Mas quando ainda estava na ativa, sempre nos levava no trabalho, e neste meio havia produtores rurais, e muitos eram amigos dele. Alguns viram eu crescer, e hoje vejo os netos destes produtores rurais crescerem. Antes de vir trabalhar na Itaimbé Máquinas, trabalhei na Cooperativa Agricola (Coriscal), então ali se fortaleceu e também houve uma esplanada maior em conhecer o agronegócio. Mas infelizmente a Cooperativa sofreu autoliquidação. Aqui na Itaimbé ainda tenho contato com estes produtores rurais e suas famílias. E sim, orgulho por ter a oportunidade de conhecer, presenciar o trabalho destas vidas no AGRO.

Conte um pouco sobre como é a sua atuação hoje: 

Hoje mantenho os contatos com os produtores rurais, como trabalhamos neste meio do agro, este contato permanece, a atuação hoje é com o trabalho que desempenho na empresa. Nossa cidade não possui mais Cooperativas as quais davam suporte para o nosso produtor rural, e de certa forma éramos mais atuantes e presentes.

Ao longo dos anos, como você enxerga a participação da mulher no agronegócio?

A mulher estudou, aprendeu a se defender, fez dupla jornada (trabalha e família), se posiciona no agronegócio, na indústria, na política, no jurídico. A mulher não quer assumir o lugar do homem. Ela quer ser respeitada igual a ele. Não se pode negar que há dificuldades constantemente. Mas a sua participação no AGRO é fundamental, não há mais decisões  e gestões somente do homem, hoje as decisões são familiares.

Como você compreende as oportunidades no agronegócio para as mulheres?

Houve uma época que a mulher do campo cuidava somente da horta e de animais pequenos na propriedade (consumo próprio), este trabalho era conhecido como AJUDA FAMILIAR. Eram invisíveis no agro. Conforme a mulher foi para a indústria, este espaço foi se abrindo, e se tornou decisivo para a mulher chegar no AGRO. Antes poderia tomar conta da fazenda que herdara de herança, se casasse com o homem rural, isso era um ajuste ao padrão masculino. Mas o seu espaço estava sendo conquistado, com muito estudo, disposição, persistência, segurança, as mulheres criaram uma forma de gestão distinta. Hoje são esposas, filhas, mães num meio masculino, se destacaram no AGRO pela EFICIÊNCIA.

Você faz parte de alguma associação/cooperativa/projeto que apoie as mulheres no agronegócio?

Hoje não mais, devido não termos mais Cooperativas na cidade. Mas anos atrás , tínhamos um grupo (comitê) formado por mulheres e filhos, criado por uma mulher, para dar suporte aos produtores rurais das Cooperativas.

Você se sente segura no manuseio de máquinas agrícolas? Quanto ao seu ambiente de trabalho e fornecedores, você os considera abertos e incentivadores para a qualificação de mulheres?

Quanto ao manuseio das máquinas, particularmente eu não tenho o conhecimento de manusear um equipamento, mas as mulheres agro que estão na linha de frente familiar e que fazem o manuseio, estas tenho relato que se sentem seguras.

Ao ambiente de trabalho, considero sim aberto e incentivador a nossa qualificação.

Conheça nossas entrevistadas: